
... O sol brilhante cheio de vida e que distribui vida, parecia nesse episódio, um odioso inimigo, impiedoso e causticante. O solo de cimento aumentava ainda mais o calor. Lá estava a pequena criatura e o seu filhote recém saído do ovo, tentando sobreviver à sombra de um generoso capim limão recém plantado, ambos imóveis a espera de um milagre.
Na noite anterior, uma tempestade implacável derrubara seu frágil ninho. Os braços da morte acolhera um dos filhotes, que agora jazia no chão ao lado da mãe persistente. O filho sobrevivente... A esperança... A mão que a segurava alí. Que exemplo magnífico! Tão pequena! Com um amor tão grande!
...O milagre estende os braços e pelas mãos que o criador fizera, toma o pequeno ninho com carinho e coloca em uma pequena caixa. Uma dúvida! Será que a pequenina criatura entenderá?... Entendeu! A linguagem do amor se fez ouvir no silêncio da ação generosa, e a pequenina criatura a ouviu. De longe, olhos e vozes atentos, testemunhavam o desenrolar dos acontecimentos. Pai e mãe se revezavam no cuidado com seu sobrevivente. Poucos dias se passaram à vista dos olhos esperançosos. Numa tarde, que surpresa! Que alegria! A pequenina criatura, sob a supervisão dos pais fizera seu primeiro vôo. Fantástico! A pequenina rolinha e o seu filhote voaram.